Seja bem-vindo(a) a mais uma edição da Bienal mais antiga da Península Ibérica.
A história faz-se com a vontade, a determinação, a inteligência e o sonho dos homens.
Com os seus actos ao longo dos tempos e aqui, concretamente, com quarenta e quatro anos de valorização de um território ímpar e de afirmação de Vila Nova de Cerveira como a “Vila das Artes”, um projeto construído com base na vontade de democratização da Arte.
O desafio de transportar a arte contemporânea até ao espaço rural foi cumprido, tendo evoluído de tal forma que se tornou num dos acontecimentos mais marcantes das artes plásticas em Portugal e um marco da descentralização cultural.
É, assim, um orgulho ver este certame abrir novamente as portas dando início a uma programação de excelência, com encontros e reencontros, debates com aprofundamento da Arte Contemporânea e, acima de tudo, um desafio para colocar os artistas e todos os que nos visitarem a olhar e pensar o mundo reflectindo sobre as emergências globais.
A arte é o farol da sociedade e a vanguarda da humanidade.
Esta edição marcará um ponto de viragem e de evolução com uma decisiva aposta assente em três vetores: educação, aproximação aos Cerveirenses e às freguesias e internacionalização.
Acredito que na “Vila das Artes” é fundamental sensibilizar e incutir na população o valor de todo esse património cultural e ir ainda mais além.
É urgente ir ao encontro das pessoas e levar a arte a todos, sem exceção.
Mostrar o poder da arte para mudar o mundo, para abrir uma nova renascença, um novo renascimento. Abandonando, desse modo, alguma entropia e passividade.
É assim que refletiremos as problemáticas atuais e que conseguiremos trilhar o caminho para as soluções que se tornam necessárias.
Não é suficiente acompanhar a evolução dos tempos e da sociedade. Temos a obrigação de estar à frente de tudo isso.
Hoje já não podemos fechar os olhos ao processo de transição digital que se afigurou imprescindível num período em que todos ficamos apenas virtualmente conectados e também por isso esta edição será realizada em modelo híbrido permitindo, desta forma, chegar a mais públicos e unindo mais vozes em torno deste projeto de valorização da Arte Contemporânea como forma de pensar o mundo.
Todos “devemos agir” e já!
Obrigado por se juntar a nós também é parte do nosso projecto comum.